Retrato dos estudantes de nossas
escolas. Com muito desinteresse em aprender para ter sucesso na vida e garantir
sua inserção no mercado de trabalho, a fim de obter um bom emprego e um melhor salário,
os alunos fazem feio no seu lado comportamental em sala de aula. Não obstante, chegam
atrasados e preparados para ouvir músicas no celular e marcar encontros
amorosos durante a aula; escrevem de forma satisfatória da lousa para o caderno,
com o fone no ouvido e plugados no celular escondido na roupa ou embaixo da
carteira. O celular que deveria ser usado mais para atender as necessidades
tornou-se quase totalmente, mero brinquedo de diversão.
Com efeito, chegam a entrar na
sala de aula pulando a janela e jogando livros e caderno; isso quando levam o
livro para a escola. O olhar é atento, ao lado de fora da sala, em direção ao
pátio da escola, durante as explicações. A utilização do celular e outros meios
eletrônicos como: ipod, ifone, mp3 e mp4 é absolutamente mal educada. Os estudantes
definitivamente acreditam que “sabem usar” esses aparelhos modernos e
barulhentos em todos os ambientes. Na sala de aula, desconhecem a função “silencioso”
e quando o celular toca, parece um trio elétrico puxando bloco de carnaval com
a pior das músicas agitadas no último volume. Isso quando é somente um celular,
mas na verdade é um “atrás” do outro e, às vezes, vários ao mesmo tempo dando para
comparar a uma festa rave. Quando não é na sala de aula, ficam desfilando nos
corredores e janelas das escolas como um arrastão eletrônico fazendo barulho
aula por aula.
Não é falta de educação, é um
caso sério de má educação. Nessa perspectiva, estamos diante de um país que
discursa a melhoria da educação para se desenvolver, por outro lado, acaba retrocedendo,
uma vez que o aprendizado na escola confronta-se com o aprendizado dos meios eletrônicos.
Vivemos um período de “nanomania” sem controle entre os estudantes. É observável
que os alunos não sabem usar o celular adequadamente aos ambientes de
sociabilidade. O telefone móvel toca alto e contínuo na escola, em sala de
aula, na missa, em reuniões, festas, praças, fóruns, bibliotecas, grupo de estudos,
órgãos públicos, hospitais e até funerais. Com a integração dos celulares na
internet e a expansão das redes sociais, o problema se agravou. Agora as
pessoas de qualquer lugar postam uma foto ou vídeo, com ou sem pudor, do
celular diretamente ao mural das redes sociais. E os professores e a escola
ainda não estão preparados para transformar essa tecnologia em conteúdo pedagógico,
embora haja projetos bem sucedidos do uso adequado do celular na sala de aula. O
que se questiona aqui é o uso inadequado.
Portanto, podemos dizer que as
operadoras de telefones móveis oferecem um grande benefício aos cidadãos disponibilizando
o sinal de celulares em todo o país. Isso é muito bom para as comunicações e
necessidades das pessoas, no entanto, esqueceram de educar as pessoas a usarem
os aparelhos de forma consciente e sociável. Mas a culpa não pode ser atribuída
apenas às operadoras que se preocupam somente com o lucro de cada recarga; é
preciso um aprendizado coletivo por meio de uma campanha unindo, operadoras,
escolas, mídia e família, no sentido de conter essa avassaladora “onda
nanomânica” para que as pessoas possam, pelo menos, conversar, trabalhar, ver
televisão, estudar, ministrar aula, celebrar missa, dormir sossegado e até “descansar”
em paz.
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